sexta-feira, 17 de junho de 2011

Questão 5 - Coleta de plantas Nativas- Biopirataria

Pessoal um anônimo mandou esta questão, gostaria de colocar o nome. Se você mandar o nome dou o devido crédito em outro post. ok.
Beth vi que uma colega estava em duvida nesta questão, então encontrei a questão comentada no enade de 2007, espero que possa contribuir em algo.
QUESTÃO 5
Leia o esquema abaixo.
1 - Coleta de plantas nativas, animais silvestres, microorganismos e fungos da floresta Amazônica.
2 - Saída da mercadoria do país, por portos e aeroportos, camuflada na bagagem de pessoas que se disfarçam de turistas, pesquisadores ou religiosos.
3 - Venda dos produtos para laboratórios ou colecionadores que patenteiam as substâncias provenientes das plantas e dos animais.
4 - Ausência de patente sobre esses recursos, o que deixa as comunidades indígenas e as populações tradicionais sem os benefícios dos royalties.
5 - Prejuízo para o Brasil!
Com base na análise das informações acima, uma campanha publicitária contra a prática do conjunto de ações apresentadas no esquema poderia utilizar a seguinte chamada:
(A) Indústria farmacêutica internacional, fora!
(B) Mais respeito às comunidades indígenas!
(C) Pagamento de royalties é suficiente!
(D) Diga não à biopirataria, já!
(E) Biodiversidade, um mau negócio?
Autora: Prof. Dr. Valéria Pinheiro Raymundo (FALE – Depto. de Est. Linguísticos)

Tipo de questão: escolha simples Conteúdo avaliado: Competência textual, interpretação e compreensão em leitura.
Alternativa correta: D
Percentual de acertos: 57,6%

Comentário: A questão 5 apresenta um texto publicitário e propõe ao respondente que selecione a melhor chamada para representar um conjunto de cinco ações. Esta chamada publicitária, equivalente a um título para o texto, é a frase que melhor resume as informações, que mais chama atenção, que tem maior relevância.
Segundo Menegassi e Chaves (2000), o título é uma síntese precisa do texto, cuja função é estratégica na sua articulação. O título nomeia o texto após sua produção, sugere o sentido desse, desperta o interesse do leitor para o tema, estabelece vínculos com informações textuais e extratextuais, e contribui para a orientação da conclusão a que o leitor deverá chegar.
Para elaborar um título adequado, articulando todas as partes do texto, é preciso que se apreenda o significado global, que se resuma, ou melhor, que se compreenda, interprete o texto.
Em todas as ações propostas no esquema, podemos encontrar referências à exploração indevida da fauna e flora brasileira: na Ação 1, encontramos as pistas coleta de plantas nativas, animais silvestres, microorganismos e fungos da floresta Amazônica; na Ação 2, identificamos as pistas saída de mercadoria do país, camuflada na bagagem, pessoas que se disfarçam...; na Ação 3 nos deparamos com as pistas venda para laboratórios ou colecionadores, patenteiam as substâncias...; na Ação 4, encontramos as dicas: ausência de patente..., comunidades locais ficam sem benefícios de royalties; por fim, na Ação 5, nos deparamos com prejuízo para o Brasil.
Todas essas pistas estão vinculadas à “biopirataria” e indicam que essas ações devem ser combatidas imediatamente. Através das palavras e expressões coleta (Ação 1), saída e camuflada (Ação 2), venda e patenteiam (Ação 3), ausência de patente e sem os benefícios (Ação 4), prejuízo (Ação 5), podemos identificar o percurso que a prática ilícita da biopirataria segue até resultar na ação “maléfica” de prejudicar o país. Por essa razão, a alternativa que melhor resume as idéias apresentadas é a D: Diga não á pirataria, já!
As demais alternativas estão erradas pelos seguintes motivos: (A) não considera os colecionadores, mencionados na Ação 3, como agentes da prática; (B) restringe os prejuízos aos índios, não considerando outras populações; (C) contradiz o que é dito na Ação 4, em relação aos royalties; por fim, (E) é um desvio do tópico, já que afasta-se do tema com a palavra “biodiversidade”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MENEGASSI, Renilson José; CHAVES, Maria Izabel Afonso. O título e sua função estratégica na articulação do texto. Linguagem & Ensino, v. 3, n. 1, 2000 (27-44) Universidade Estadual de Maringá.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

QUESTÃO 3 "O meu pai era paulista - Estudos disciplinares

/ Meu avô, pernambucano/ O meu bisavô, mineiro/ Meu tataravô, baiano/ Meu maestro soberano/ Foi Antonio Brasileiro." ("Paratodos", canção gravada por Chico Buarque em 1993.)

De acordo com a imagem e os versos da canção, assinale a alternativa relacionada corretamente com a formação da identidade nacional no Brasil.
a) A importância do encontro de diferentes etnias; a origem geográfica pode revelar regionalismos culturais; a diversidade cultural está presente em nossa experiência cotidiana.
b) A influência de estrangeiros na cultura brasileira sempre esteve presente, por isso não temos uma identidade própria; os casamentos entre pessoas de diferentes regiões geram conflitos de identidade nacional.
c) É necessária a fusão entre a cultura de diferentes regiões para a criação de uma identidade nacional; a tolerância com os casamentos de pessoas de diferentes regiões ou países existe apenas no meio artístico, mas gera preconceito e discriminação.
d) Fica nítida a multiplicidade de povos que formam a sociedade nacional; a nossa identidade cultural existe regionalmente, mas não abrange a totalidade de nosso território; tratamos bem os estrangeiros porque não temos uma identidade nacional.
e) A indústria é responsável pelo surgimento de uma nação multicultural em todas as regiões de nosso país; as influências regionais são motivo de orgulho; a identidade nacional depende da mistura de pessoas de diferentes regiões através das gerações.

RESPOSTA CORRETA LETRA A
O quadro de Tarsila de Amaral retrata operários que formam um painel do povo brasileiro, vindos dos quatro cantos do pais e também do estrangeiro. Era o inicio da transformação do Brasil com a industrialização. A maior parte destes trabalhadores chegava a São Paulo e transformava a representação do povo brasileiro com a variedade de raças e etnias
Esta diversidade também está presente na música Paratodos de Chico Buarque, e bem próxima de todas as pessoas, afinal quem não tem um parente ou amigo vindo de outros países ou de outras regiões do Brasil, este encontro faz parte da nossa vida

Beth Skill: Estudos disciplinares- O livro Arte e ilusão

Beth Skill: Estudos disciplinares- O livro Arte e ilusão

Estudos disciplinares- O livro Arte e ilusão

QUESTÃO 2


O livro Arte e Ilusão – Um Estudo da Psicologia da Representação Pictórica, de Ernst Gombrich (1909-2001), constitui interessante desafio ao leitor. O autor parte da constatação de que os impressionistas afirmavam pintar o que viam, enquanto os egípcios, o que conheciam. Mas que diferença poderia haver entre conhecer e ver? Segundo Gombrich, para um egípcio não caberia se investir de visão própria: o artista era um repetidor, ocupado em fazer o que conhecia, as descrições pictóricas autorizadas do mundo. Já um impressionista seria o oposto: indiferente à tradição, se apresentaria como alguém capaz de representar as coisas conforme as via – como eram, ainda mais. Gombrich não está interessado em definir o que a realidade é. Trata-se de um historiador, não de um filósofo. Ele parte da constatação de que existe um homem, existe seu mundo, e existe o que este homem vem fazendo na linha do tempo. O autor preocupa-se em distinguir o olhar do artista nesta cronologia. Mas, a percepção de quem observa também está em jogo quando se analisa um estilo em arte, o observador é partícipe do estilo.
A seguinte anedota, apresentada no livro, ilustra bem este aspecto: uma senhora decidiu visitar o ateliê do pintor Henri Matisse (1869-1954). Pôs-se a olhar para um de seus retratos, e a certa altura revelou-se incomodada, comentando: “o braço desta mulher é comprido demais”. Ao que Matisse respondeu: “a senhora está enganada, isto não é uma mulher: é um quadro.” (Texto adaptado de http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/22/olhar-aprendiz/)
A anedota ironiza a diferença entre o olhar do artista e do espectador. Assinale a alternativa que reproduz uma passagem do texto que explica essa diferença.

a) “... indiferente à tradição, se apresentaria como alguém capaz de representar as coisas...”
b) “... os impressionistas afirmavam pintar o que viam, enquanto os egípcios, o que conheciam.”
c) “... existe um homem, existe seu mundo, e existe o que este homem vem fazendo na linha do tempo.”
d) “... o artista era um repetidor, ocupado em fazer o que conhecia...”
e) “Trata-se de um historiador, não de um filósofo.”

RESPOSTA CORRETA LETRA A

A frase começa assim “ já um impressionista seria oposto indiferente à tradição ”,
O artista repetidor descreve as coisas de modo objetivo, uma pedra é uma pedra, já para um outro tipo de artista uma pedra pode ser um obstáculo, pode ser um problema , pode ser um símbolo de eternidade e não simplesmente um mineral rochoso. Segundo o texto, o artista impressionista materializa a sua impressão, isto é a subjetividade, ao seu modo e não como a tradição manda ou exige.

Por favor façam  comentários para estudarmos juntos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

QUESTÃO 4 (Enade 2007 - adaptado)Desnutrição entre crianças quilombolas

Estudos disciplinares QUESTÃO 4 (Enade 2007 - adaptado). Leia o texto que segue.
Desnutrição entre crianças quilombolas
“Cerca de três mil meninos e meninas com até 5 anos de idade, que vivem em 60 comunidades quilombolas em 22Estados brasileiros, foram pesados e medidos. O objetivo era conhecer a situação nutricional dessas crianças.(...)
De acordo com o estudo, 11,6% dos meninos e meninas que vivem nessas comunidades estão mais baixos do que deveriam, considerando-se a sua idade, índice que mede a desnutrição. No Brasil, estima-se uma população de 2milhões de quilombolas.
A escolaridade materna influencia diretamente o índice de desnutrição. Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mães com mais de quatro anos de estudo estão desnutridos. Esse indicador sobe para 13,7% entre as crianças de mães com escolaridade menor que quatro anos.
A condição econômica também é determinante. Entre as crianças que vivem em famílias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrição chega a 15,6%; e cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual estão 33,4% do total das pesquisadas.
Os resultados serão incorporados à política de nutrição do País. O Ministério de Desenvolvimento Social prevê ainda um estudo semelhante para as crianças indígenas.”
Fonte: BAVARESCO, Rafael. UNICEF/BRZ. Boletim, ano 3, n. 8, jun. 2007.
O boletim da UNICEF mostra a relação da desnutrição com o nível de escolaridade materna e a condição econômica da família. Para resolver essa grave questão de subnutrição infantil, algumas iniciativas são propostas:
I. distribuição de cestas básicas para as famílias com crianças em risco;
II. programas de educação que atendam a crianças e também a jovens e adultos;
III. hortas comunitárias, que ofereçam não só alimentação de qualidade mas também renda para as famílias.
Das iniciativas propostas, pode-se afirmar que
a) somente I é solução dos problemas a médio e longo prazo.
b) somente II é solução dos problemas em curto prazo.
c) somente III é solução dos problemas em curto prazo.
d) I e II são soluções dos problemas em curto prazo.
e) II e III são soluções dos problemas a médio e longo prazo.
RESPOSTA CORRETA LETRA E

Justificativa : Não existe uma definição unânime de curto, médio ou longo prazo, pois o tempo físico é muito relativo. Geralmente, tudo que se refere a programas de educação surtem efeito no médio e longo prazo, a dimensão continental e a diversidade cultural no Brasil é um impedimento para que sejam cumpridos em períodos menores que um ano considerados normalmente curto prazo . Quanto as hortas comunitárias, também não são feitas da noite para o dia, pois temos que levar em conta o tempo de preparação , cultivo , produção e todas as etapas para viabilizar o rendimento que pode trazer o excedente .

Estamos aguardando os comentários para justificarmos juntos.

Estudos disciplinares - Piquenique engravatado Questão 5

QUESTÃO 5


Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos:
“Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu Livro de Redação para Concurso, para fins de consulta escolar”
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma  pessoa que:
(A) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.
(B) vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando sapatos de verniz.
(C) vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas.
(D) freqüenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão.
(E) veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferência internacional.
RESPOSTA CORRETA LETRA B

Justificativa - Esta redação é formal e não condiz com a situação informal. Este formalismo seria apropriado para solicitações oficiais onde é obrigatório o emprego da língua em sua modalidade formal onde se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata. Porém em comunicações entre amigos ou situações informais a fala é a do cotidiano.
Conclui-se que a atitude de quem vai a um piquenique engravatado é inadequada, em um piquenique as roupas são informais e não sociais, assim como nas comunicações. É importante usar a comunicação e todas as representações de acordo com as formas, locais e hora adequadas

Pessoal, aguardamos os comentários  para ajudar na justificativa